segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010




Esqueça! Isso mesmo, é imperativo que você esqueça tudo o que lhe disseram sobre a mulher, todos os enganos, generalizações, pieguices. Não venho eu aqui, também, com minhas verdades, a única coisa que tenho a dizer é que estamos fartas de vagar entre as bundas e as mártires, as parideiras e as magrelas, as gostosonas e as intelectuais, entre as lutadoras com jornadas quádruplas e as socialites, chega de rótulos, queremos espaço para ser, o nosso espaço para superar, tomar individual ou coletivamente o que nos foi proibido: tudo aquilo que nos mentiram que era feio, aquilo que só podíamos desejar enquanto dormíamos, que não era coisa de menina, que observávamos, aprendíamos caladas.
"Não permita que a mão que te leve seja a mão que te afunde." cabe a nós, e a somente nós, tomar conta de nossa liberdade, existência e convivência coletiva harmoniosa - chega de competição! De chamar umas de putas e outras de frígidas, umas de feias e outras de burras, negras ou branquelas, bregas ou fúteis! Somos mulheres, mulheres na primeira condição, as discussões dialéticas, da luta de classes, do materialismo histórico, que influenciam tanto nossas vidas, vem logo a seguir meninas, mas antes precisamos nos olhar nos olhos e ver a mentira a que fomos por tanto tempo acometidas. Estamos mais nos mesmo barco do que imaginávamos...

Intimide-se, observe os limites do horizonte, ande como é, mulher:...de pés descalços, completamente livre de amarras e, principalmente, livre do medo de estar só, você pode estar completamente só dos outros mais está sempre em boa companhia de si mesma.
De um passo no abismo, seja arrebatada, uma vez apenas já dá início a tudo. Para Oliver Wendell Holmes "a mente humana, uma vez ampliada por uma nova ideia, nunca mais volta ao seu tamanho original".

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